O papel constitucional do Professor na sociedade brasileira

Sabia que a profissão de Professor é uma das pouquíssimas consagradas expressamente pela Constituição? Surpreendente, não é mesmo?

Recentemente, notei a falta de celebrações e homenagens aos dedicados profissionais que moldam o futuro em nossas salas de aula.

Me recordo que, em outros tempos, o Dia do Professor era data festiva, quando não ponto facultativo, exatamente como forma de homenagear e reconhecer o quão importante é sua existência para manutenção do Estado Democrático de Direito.

Como? A manutenção do nosso Estado Democrático de Direito está intrinsecamente ligada à missão dos educadores?

Se voltarmos nossa atenção para a Constituição de 1988, percebemos que a Educação é a base de todos os direitos sociais. É ela que capacita nossos cidadãos a reivindicarem seus direitos, promovendo o desenvolvimento pessoal e os preparando para a cidadania e para o mercado de trabalho.

No entanto, apenas estabelecer a Educação como um direito constitucional não é suficiente. É fundamental valorizar e reconhecer os profissionais da educação, especialmente aqueles que dedicam suas vidas ao ensino básico nas redes públicas. Isso implica em garantir àqueles planos de carreira sólidos, rentáveis e com estabilidade funcional.

Sem professores, a democracia vacila. É uma pena que a sociedade brasileira muitas vezes subestime o valor fundamental desses agentes para a continuidade do nosso país.

Em suma, são estas a razões que justificam o fato de a profissão de Professor estar expressamente gravada na Constituição da República de 1988.